tag:blogger.com,1999:blog-115770122024-03-07T06:20:01.060-03:00Mais um poeta, mais um defuntoUnknownnoreply@blogger.comBlogger25125tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-44186067094742045652007-09-05T13:39:00.000-03:002007-09-05T13:54:19.263-03:00De verdadeHouve um tempo em que eu imaginava. Um tempo de dor, de sofrimento, em que eu imaginava. Gostava um pouco de alguém, e logo já ia imaginando como gostaria que fosse com essa pessoa, e vivia do que imaginava. Era um tempo de sofrimento. Sofria porque, imaginando, estava muito longe da realidade, de quem eram essas pessoas, do que poderia acontecer com elas.Mudei. Hoje não imagino mais. Hoje não Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-7605721675419894192007-04-18T21:52:00.000-03:002007-09-21T08:51:05.994-03:00Em memória - V parteApós um interregno por problemas de conexão e tempo, continuo a publicação do poema pascal Em memória.Partes já publicadas: I, II, III, IVV Eis que um dos dozePor trinta moedas o vendeuMas era chegada a festaOnde prepararemos a festa?Encontrareis um homemOnde está o aposento?Este é meu corpoEste é meu sangueDerramado por muitosO que me trai está comigo à mesa(Ai dele!)Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-30043450920973665442007-04-06T22:58:00.000-03:002007-09-21T08:51:05.995-03:00Em memória - IV partePartes anteriores: I, II, IIIIVAi de vós, escribas e fariseusAi de vós hipócritasAmam os primeiros lugaresAs principais cadeiras, as saudaçõesAi de vós escribas e fariseusAi de vos hipócritasJerusalém, Jerusalém que matas os profetasE matas os enviadosQuantas vezes quis ajuntar teus filhosMestre, vê o temploNão ficará pedra sobre pedraMestre, quando será o dia?Vereis guerras, vereis falsosMas Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-69169992328707534532007-04-06T14:38:00.000-03:002007-09-21T08:51:05.995-03:00Em memória - III PartePartes anteriores: I, IIIIIEnviarei meu filhoCerto homem plantou vinhaArrendou a lavradoresMandou um servoSurraram-noMandou um servoSurraram-noMandarei meu filho amadoMataram-noCairá sobre nossa cabeçaNão podemos lançar mãoSabemos que fala o que é certoÉ certo dar tributo a César?Por que me tentais?Está escrito que é de CésarEntão a César daiEstivesse escrito que é de DeusDésseis a Deus o que é Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-48990254113661854862007-04-03T17:09:00.000-03:002007-09-21T08:51:05.996-03:00Em memória - II parteParte anterior: I parteIIEntra Jesus no temploEntra JesusE expulsa todos que vendemE compram no temploA minha casa será chamadaCasa de oraçãoCasa de oraçãoMas vós a tendes convertidoEm covil de ladrãoSenti a ira do Filho de DaviHosana ao Filho de Davi!Curou os cegos e os coxos no temploOs cegos e os coxos curouOuves o que lhe dizem?Das bocas dos meninosE das criancinhas de peitoTiraste o perfeitoUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-19024194581133016512007-04-02T16:41:00.000-03:002007-09-21T08:51:05.996-03:00Em memóriaComeço hoje a publicação deste poema pascal em várias partes.Em memóriaIChegamos perto de Betfagé e de BetâniaChegamos pertoDo monte das Oliveiras chegamos pertoTrazei a mim um jumentinhoTrazei ao SenhorO Senhor o querSoltamos o jumentinhoLevamos ao SenhorO Senhor o querEntra o Senhor na CidadeEntra o Servo-ReiEntra o Senhor na CidadeEstendemos nossos vestidosPelo seu caminhoBendito o ReiQue vem Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-46865421394186271602007-02-23T21:16:00.000-02:002007-11-10T19:24:35.575-02:00João PedroJoão Pedro era apenas um trabalhador. Nas ligas camponesas, nas cidades, entre os trabalhadores de ontem e de hoje, João Pedro era apenas um trabalhador.João Pedroaos que tombaramJoão Pedro era apenas um trabalhadorE toda noite voltavaNo ônibus lotado para casaToda noite o mesmo pontoToda noite um pouco tontoJoão Pedro era apenas um trabalhadorE toda noite sorriaPara sua esposa e sua filhaToda Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-86961937054561773942007-02-02T21:24:00.000-02:002007-02-02T21:34:07.571-02:00Erro a doisCerta vez escrevi uma estrofe e julguei ser minha melhor estrofe. Falava de erro, de coisas que faço, de coração sem espaço. Julguei mesmo ser minha melhor estrofe, e parecia uma estrofe inigualável. Ela pedia um soneto, mas nenhuma estrofe minha poderia ser igual àquela, nem chegaria perto de seu nível.Realmente, nenhuma estrofe minha chegou perto do nível daquela, mas eis que surgiu a prima Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1167095013842640342006-12-25T22:40:00.000-02:002007-09-05T15:33:24.151-03:00Feliz NatalEste ano tive a oportunidade de iniciar uma nova fase em minha vida. Passando em concurso público, saí da casa dos meus pais e fui morar em outra cidade. Vim agora passar o natal com minha família e viajar com eles por alguns dias. Nunca antes havia imaginado como isso poderia ser bom. Este poema dedico a eles, pela alegria que posso sentir ao saber que há distância, mas ela não nos separa Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1156040885499822392006-08-19T23:03:00.000-03:002006-09-19T14:15:09.233-03:00Che GuevaraA vida de um revolucionário é feita de muitas lutas. No entanto, não há porque se fazer revolução sem que o fim seja justamente a vida. E nesse sentido me parece que Ernesto Che Guevara foi um grande revolucionário. Partiu em busca de aventuras e se deparou com a pobreza de todo um continente; foi em busca de vida e viu que somente uma revolução poderia dar vida àquelas tantas pessoas que Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1146186918693417172006-04-27T22:06:00.000-03:002007-09-21T08:51:44.529-03:00NadejdaAqui vai mais uma parte deste poema chamado Nadejda. Pela ordem, as demais partes já publicadas são estas: I, II, IV (esta parte é a terceira). Como deve ficar claro pelo conjunto, esta ordem é apenas das que já foram publicadas.NadejdaSoube porém um certo diaDe um novo ar que surgiaAinda suave brisaEm breve chuva de verãoVi então a flor de um novo tempoE com ela os raios do solTingiram de Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1142894054570459712006-03-20T19:27:00.000-03:002007-09-21T08:51:44.529-03:00Como pode?Como pode ser o mundo como é, excluindo de seu gozo quem o cria?Aí vai a parte segunda.NadejdaComo podes, ó cruel realidadeSepultar contigo todo o povoque a ti mesma sustenta?Como podes, ó cruel impiedadeSepultar contigo todo o povoTua indesejada criatura?Como podes, ó cruel ressentimentoSepultar contigo todo o povoQue para cá abriu caminho?Como podes, ó cruel indiferençaSepultar contigo todo o Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1141756651251046222006-03-07T15:12:00.000-03:002007-09-21T08:51:44.529-03:00IniciandoMesmo sendo a segunda parte que escrevo, esta é a parte inicial do meu poema Nadejda. É que, como já disse antes, este será um poema longo, que não pode ser escrito todo de uma vez, e pode também não ser escrito em ordem. Em breve, quando já tiver mais algumas partes publicadas, começarei a colocar na lateral direita desta página a ordem delas. Enfim, aí vai o início desse poema anteriormente Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1137699588045641282006-01-19T17:35:00.000-02:002007-09-21T08:51:44.530-03:00RenovaçãoAcredito que andava precisando rever minha poética, que andava já um tanto esgotada. Este poema talvez seja o início dessa nova etapa. Então, falemos dele.Acredito que o nome mais bonito da língua russa seja Nadejda (o primeiro "d" é palatalizado, como em "di"). Isto que vai aí embaixo é apenas um fragmento do projeto de um poema maior, agora mesmo começado e que será publicado conforme for sendoUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1124388431354743122005-08-18T14:58:00.000-03:002005-08-18T15:07:11.360-03:00Não sou eu quem me navegaHá uma música de Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho fizeram uma música que é mais ou menos assim:"Não sou eu quem me navegaQuem me navega é o marÉ ele quem me carregaComo nem fosse levarE quanto mais remo mais rezoPra nunca mais acabarEssa viagem que fazO mar em torno do marMeu velho um dia falouCom seu jeito de avisar:- Olha, o mar não tem cabelosQue a gente possa agarrarTimoneiro Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1120847140334470552005-07-08T15:17:00.000-03:002005-07-08T15:28:45.460-03:00A Vladímir MayakóvskiO grande poeta Vladímir Mayakóvski escreveu certa vez:"Говорят,где-то,- кажется в Бразилии -есть один счатливый человек."Em português, fica mais ou menos assim:"Dizem,em algum lugar,- parece que no Brasil -existe uma [única] pessoa feliz."Pois bem, procurei, procurei, e aqui está minha resposta a Mayakóvski:A Vladímir Mayakóvski, sobre a pessoa felizMeu caro Vladímir,confesso que não achei.Por Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1118785028609400462005-06-14T18:34:00.000-03:002007-09-05T15:43:09.551-03:00Ser sensível é sofrerCostumo atualizar este blog semanalmente, sempre com um poema novo. Mas, lendo ontem os Manuscritos econômico-filosóficos de Karl Marx, deparei-me com um trecho que cabe muito bem em minha poética:"O homem é diretamente um ser da natureza. Como ser natural e enquanto ser natural vivo é, por um lado, dotado de poderes e faculdades naturais, que nele existem como tendências e capacidades, como Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1117126302663659892005-05-26T13:41:00.000-03:002007-09-05T15:51:44.537-03:00Mais um poeta, mais um defuntoFazia eu um poemaa caminho do cadafalsopara então cumprir a penade morte natural na forca.Era aquele um poemade dor, prisão e luta.Não havia nele um poeta,apenas havia a pena.Mas disse o juiz de fora:Prendam-no! – Já está preso.Matem-no! – Já está morto.Era verdade, pois haviamuito antes me suicidado.Aquela era apenasa compleção do derradeiro ato.Muito antes Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1116614679178121792005-05-20T15:41:00.000-03:002007-09-21T08:52:07.120-03:00Aos heróis do Araguaia - IIIFinalmente a última parte deste poema.III Catarse Hoje sabemos todos: a luz não se apaga! Só há sombra se há luz a brilhar. Hoje homens e mulheres, antigos homens e mulheres, novos homens e mulheres, ainda ousam iluminar. Hoje sabemos todos que a luz não se poderá derrotar. As trevas ainda tentarão, mas a luz irá brilhar. Ainda se tentará, mas a luz não irá se apagar. Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1115867414054657872005-05-12T00:05:00.000-03:002007-09-21T08:52:07.120-03:00Aos heróis do Araguaia - IIEsta é a continuação do poema Aos heróis do Araguaia, cuja publicação foi iniciada semana passada e terminará semana que vem.Abraços,Leandro II Tragédia Uma duas três, por três vezes o não se abateu sobre aqueles que ousavam, duas vezes o derrotaram. Homens e mulheres sabiam poder contar com homens e mulheres que ousavam, o Brasil se encontrou no Araguaia, Araguaia,Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1115393990503103932005-05-06T12:03:00.000-03:002007-09-21T08:52:07.120-03:00Aos heróis do Araguaia - IDia 12 de abril comemoraram-se os 33 anos do início das operações militares no Araguaia, data normalmente tida como aniversário da guerrilha que leva o nome deste rio. Em homenagem aos guerrilheiros, publico nesta e nas próximas duas semanas este poema em três cantos. Aos heróis do AraguaiaIExórdioUm dia um grupo de homens e mulheres valorozos juntou-se e disse: Aqui não será assim! Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1114276666784870842005-04-23T14:10:00.000-03:002007-09-05T14:21:10.384-03:00ClownUm dia o espetáculo será do povo.ClownClown.Chorava tristonho sozinho,sozinho não existia.Feito palhaço fora do palco choravaChorava porque não podia existir.Mas o circo foi se enchendo,a despeito do aviso de senhores empolados - e donas e cachorroso circo foi se enchendo.O povo acorria,a multidão preenchiacada espaço até não poder mais.E quando não havia mais Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1112808340277214042005-04-06T14:23:00.000-03:002007-09-05T09:56:55.686-03:00ABBAVersificação tônica e rimas em abba, isto era impensável para mim um tempo atrás. Era impensável, fique bem claro.Das trevas surge a luz(homenagem póstuma à liberdade)Hoje caiu da janela,onze andares desceu.Quem viu isto não creu,mas era mesmo ela.Ali no chão estatelada,inerte ela parou.O povo todo olhou,a alma ficou desconsolada.Mas trouxeram logo bandeiras,no chão ela não ficou.Nos ombros o Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1111599719471991352005-03-23T14:39:00.000-03:002005-03-25T14:16:39.576-03:00Hoje não há amanhã"Hegel observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa."(Karl Marx, O 18 Brumário de Luis Bonaparte)Hoje não há amanhã.Se o passado berra,o presente chorae o futuro se desfaz. Hoje não há amanhã.O amanhã não se vivequando Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11577012.post-1111332055272059282005-03-13T05:00:00.000-03:002007-09-05T16:36:01.072-03:00ChoroPablo Neruda foi um grande poeta e um grande comunista. Ensinou-me certa-vez que não acabo em mim. Disse assim em seu poema A meu Partido: "Me has hecho indestructible porque contigo no termino en mí mismo". Fizeste-me indestrutível porque contigo não termino em mim mesmo. Esse é o lema de quem busca mudanças. Esse é o lema de quem sabe que a sociedade não se transforma sem luta, e sem homens e Unknownnoreply@blogger.com0