18 de abr. de 2007

Em memória - V parte

Após um interregno por problemas de conexão e tempo, continuo a publicação do poema pascal Em memória.
Partes já publicadas: I, II, III, IV

V

Eis que um dos doze
Por trinta moedas o vendeu
Mas era chegada a festa
Onde prepararemos a festa?
Encontrareis um homem
Onde está o aposento?
Este é meu corpo
Este é meu sangue
Derramado por muitos

O que me trai está comigo à mesa
(Ai dele!)
Quem será? Serei eu?
Um de nós certamente é maior
(Ai dele!)
Quem será? Serei eu?
(Melhor não houvesse nascido)
Não sejais como os que governam
Comei e bebei à minha mesa no meu reino

Vós por minha causa vos escandalizareis
Tu que és pedra me negará
Eu? Jamais!
Vigiai
Afasta de mim este cálice, Pai!
Afasta de mim se possível
Mas que seja como queres
Não podeis vigiar uma hora?
Rabi, Rabi, te beijo

6 de abr. de 2007

Em memória - IV parte

Partes anteriores: I, II, III

IV

Ai de vós, escribas e fariseus
Ai de vós hipócritas
Amam os primeiros lugares
As principais cadeiras, as saudações
Ai de vós escribas e fariseus
Ai de vos hipócritas
Jerusalém, Jerusalém que matas os profetas
E matas os enviados
Quantas vezes quis ajuntar teus filhos

Mestre, vê o templo
Não ficará pedra sobre pedra
Mestre, quando será o dia?
Vereis guerras, vereis falsos
Mas ainda não será o fim
Vereis dor
O sol escurecerá e a lua não luzirá
Virá então o Filho do homem
Nas nuvens, com poder e glória

Olhai, vigiai e orai
Enviará seus anjos e ajuntará os escolhidos
Vigiai, que não sabeis o tempo
E no jantar veio mulher
Trazendo vaso com ungüento
Derramou-o sobre a cabeça de Jesus
Para que esse desperdício de ungüento?
Por que molestais quem me faz boa obra?
A mim nem sempre me tendes

Em memória - III Parte

Partes anteriores: I, II

III

Enviarei meu filho
Certo homem plantou vinha
Arrendou a lavradores
Mandou um servo
Surraram-no
Mandou um servo
Surraram-no
Mandarei meu filho amado
Mataram-no

Cairá sobre nossa cabeça
Não podemos lançar mão
Sabemos que fala o que é certo
É certo dar tributo a César?
Por que me tentais?
Está escrito que é de César
Então a César dai
Estivesse escrito que é de Deus
Désseis a Deus o que é d'Ele

Há na lei a lei maior
Qual é a maior lei?
Ama o Senhor teu Deus
Ama o teu próximo
O segundo e o primeiro
Ama a Deus
O coração, a alma, o pensamento
Ama teu próximo
Como a ti mesmo

3 de abr. de 2007

Em memória - II parte

Parte anterior: I parte

II

Entra Jesus no templo
Entra Jesus
E expulsa todos que vendem
E compram no templo
A minha casa será chamada
Casa de oração
Casa de oração
Mas vós a tendes convertido
Em covil de ladrão

Senti a ira do Filho de Davi
Hosana ao Filho de Davi!
Curou os cegos e os coxos no templo
Os cegos e os coxos curou
Ouves o que lhe dizem?
Das bocas dos meninos
E das criancinhas de peito
Tiraste o perfeito louvor
Hosana ao Filho de Davi!

Ensina Jesus no templo
Perguntaram sacerdotes e anciãos
Com que autoridade?
Quem te deu autoridade?
Também vos perguntarei
O batismo de João de onde era?
Se do céu, por que não cremos?
Se dos homens, então tememos
Não sabemos

2 de abr. de 2007

Em memória

Começo hoje a publicação deste poema pascal em várias partes.

Em memória

I

Chegamos perto de Betfagé e de Betânia
Chegamos perto
Do monte das Oliveiras chegamos perto
Trazei a mim um jumentinho
Trazei ao Senhor
O Senhor o quer
Soltamos o jumentinho
Levamos ao Senhor
O Senhor o quer

Entra o Senhor na Cidade
Entra o Servo-Rei
Entra o Senhor na Cidade
Estendemos nossos vestidos
Pelo seu caminho
Bendito o Rei
Que vem em nome do Senhor!
Paz no céu, paz no céu!
Glória a Deus!

Repreende, ó Mestre
Repreende teus discípulos
Se estes se calam, as pedras clamam
As pedras clamam
Chora por ela o Mestre
Chora pela Cidade
Se ela conhecesse a paz que lhe pertence
Derribarão a ti e a teus filhos
Não deixarão pedra sobre pedra