14 de jun. de 2005

Ser sensível é sofrer

Costumo atualizar este blog semanalmente, sempre com um poema novo. Mas, lendo ontem os Manuscritos econômico-filosóficos de Karl Marx, deparei-me com um trecho que cabe muito bem em minha poética:

"O homem é diretamente um ser da natureza. Como ser natural e enquanto ser natural vivo é, por um lado, dotado de poderes e faculdades naturais, que nele existem como tendências e capacidades, como pulsões. Por outro lado, enquanto ser natural, corpóreo, sensível, objetivo, é um ser que sofre, condicionado e limitado, tal como o animal e a planta, quer dizer, os objetos das suas pulsões existem fora dele, como objetos independentes, e, no entanto, tais objetos são objetos das suas necessidades, objetos essenciais, indispensáveis ao exercício e à confirmação das suas faculdades. [...] Ser sensível é sofrer." (MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Martin Claret, 2001. pp. 182-183.)

PS: Quinta-feira publicarei um poema novo.